Centro Histórico de Castro

Castro é um marco importante na ocupação do território paranaense no século XVIII, estruturado ao longo do "Caminho das Tropas". Sua história está entrelaçada com a economia brasileira e moldou sua urbanização, formando um núcleo urbano notável com um conjunto arquitetônico único. No dia 1 de dezembro de 2022, foi oficialmente tombado, reconhecendo sua importância histórica e cultural.

https://cultura.mapas.pr.gov.br/#/patrimonios

 

 
Mais Informações

Inscrição: 181-II 

Processo: 04/2004

Data da Inscrição: 01 de dezembro de 2022

Localização:

Município de CASTRO

Área Central

Proprietário: Diversos

Outras denominações: Setor Histórico de Castro

Normas de uso e ocupação do Centro Histórico de Castro

 

HISTÓRICO

A cidade de Castro é um dos marcos referenciais do processo de ocupação do território paranaense no século XVIII. Assim como outros exemplos, estruturou-se ao longo do chamado “Caminho das Tropas”, em importante momento da história econômica brasileira. No decorrer dos anos, esse fato gerou uma conformação urbanística, constituída de vias paralelas e transversais ao caminho, transformando-o em um núcleo urbano com características específicas; e um conjunto de patrimônio arquitetônico singular.

Inicialmente, às margens do histórico Caminho das Tropas, também chamado de Caminho de Viamão à Sorocaba, a cidade de Castro foi um “pouso” de tropeiros. Ao longo dos anos, famílias de Sorocaba, Santos e Itu foram se estabelecendo no local e criando raízes; principalmente, para incrementar a criação e comércio de gado muar e vacum, resultando em uma pequena aglomeração populacional que se chamou Pouso do Iapó, referência ao rio que corta a cidade no sentido Leste-Oeste.

Na sequência, já na condição de freguesia, em 1751, foi construída uma pequena capela; em data de 24 de setembro de 1788; essa freguesia foi elevada à categoria de Vila, desmembrando-se de Curitiba. Nesse ato recebe o nome de Vila Nova de Castro. Em julho de 1854, pela Lei Provincial nº 2, foi criada a Comarca e, pela Lei Provincial nº 1, de 21 de janeiro de 1857, a Vila ganhou foros de cidade, simplificando-se a denominação para Castro. O nome da cidade é uma homenagem a Martinho de Mello e Castro, Ministro dos Negócios Ultramarinos de Portugal, nos anos de 1785 a 1790.

Como consequência desse processo evolutório, a cidade de Castro é uma mescla de estilos arquitetônicos, parte de edificações com características luso-brasileiras que convivem em harmonia com a arquitetura colonial, eclética e até mesmo modernista do início século XX. Destaque para os 03 (três) conjuntos que representam a evolução histórica: 1o conjunto: a Rua das Tropas (atual Dr. Jorge Xavier da Silva), e se estende até as pontes rodoviária e ferroviária sobre o rio Iapó; 2o conjunto: a Igreja Matriz e seu entorno imediato, Praça Sant’Ana e a perspectiva visual da Rua Xavier da Silva; 3o conjunto: composto pelas ruas Cipriano Marquês de Souza, XV de Novembro e Pandiá Calógeras, fazendo a delimitação entre as duas praças – Manoel Ribas e João Gualberto.

Limita-se o Perímetro Tombado pela linha iniciada no sentido sul da Rua Cipriano Marquês de Souza, que tem seu nome alterado para Rua XV de Novembro após o cruzamento com a Rua Major Otávio Novaes, segue o eixo até o cruzamento com a Rua General Osório, faz-se o cruzamento com a Rua Francisco Xavier da Silva, limitando-se ao imóvel de esquina – Bem Tombado Individualmente (Casa da Praça no 06), a partir deste ponto, segue o eixo da Rua Padre Nicolau Baltazar Decker com o cruzamento da Rua Rocha Pombo no sentido oeste e segue pela Rua Pandia Calógeras, que tem seu nome alterado para Rua do Rosário após cruzar com Rua Mariana Marquês, retorna-se no sentido oeste pela Rua Maestro Benedito Pereira onde se encontra o ponto de partida. Ainda, demarca-se pontualmente o eixo da ponte ferroviária sobre o Rio Iapó, devido sua importância ao 1o conjunto de evolução histórica.

Considera-se o Perímetro da Área Envoltória a área de proteção da paisagem urbana composta pelas Zonas Intermediárias: Zona de Proteção do Centro Histórico 1 – ZP1, Zona Comercial – ZC, e Zona Remanescente – ZR. Sendo o perímetro mais externo, definido pela linha iniciada ao norte, eixo da ponte ferroviária sobre o Rio Iapó, segue-se pela Rua Nossa Senhora do Carmo em toda sua extensão, faz-se o cruzamento no sentido oeste pela Rua Jonas Borges Martins, vira-se a direita pela Rua Dr. Jorge Xavier da Silva, e na sequência à esquerda pela Rua Maestro Benedito Pereira. A partir deste ponto, vira-se a direita pela Rua Doutor Romário Martins, à esquerda pela Rua Major Otávio Novaes e novamente à direita pela Rua Dom Pedro II, aonde segue continuamente até o cruzamento com a Rua Doutor Romário Martins. Ao situar-se novamente na Rua Doutor Romário Martins, segue-se duas quadras à frente e encontra-se o ponto de partida junto a Ponte Moyses Lupion e a Ponte sobre o Rio Iapó.

 

  • Castro
    Foto do acervo da CPC, Centro Histórico de Castro
    Foto: CPC
    Foto do acervo da CPC, Centro Histórico de Castro
    Foto: CPC