Serra do Mar

Inscrição: 17-I

Processo: 001/86

Data da Inscrição: 13 de agosto de 1986

Localização:
Municípios da Porção Oriental do Paraná (Litoral: Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes e Paranaguá - Região Metropolitana de Curitiba: Campina Grande do Sul, Piraquara, Quatro Barras, São José dos Pinhais e Tijucas do Sul)

Normativas de uso da Serra do Mar

Normas de uso do Caminho do Itupava

HISTÓRICO

Parte integrante do maciço atlântico, sistema montanhoso que se estende ao longo da costa brasileira, do Espírito Santo ao Sul de Santa Catarina, a Serra do Mar abriga em território paranaense as maiores elevações do Centro-Sul brasileiro, como o Pico do Paraná com 1.992m de altura. Configurando um arco com a concavidade voltada para o Leste, possui diversas denominações, de caráter regional: Serra Negra, Capivara Grande, Verde, da Graciosa, de São João, da Mãe Catira, de Prata e outras.

A grande Cordilheira da Marinha - como tradicionalmente a denominavam os cronistas ao descrever o estado, foi historicamente o grande obstáculo entre o litoral e o planalto.

Para vencer a serra três caminhos foram utilizados: o do Arraial, com oito léguas, usado pelos moradores da Lapa; o do Itupava, com 12 léguas, e o da Graciosa, com 14 léguas, todos originários de antigas trilhas indígenas.

Mais extenso, porém menos íngreme, o caminho da Graciosa, tornado carroçável em 1873, constituiu-se na única estrada rodoviária ligando a “Marinha e a Serra-acima” até 1967, quando uma nova rodovia foi inaugurada, passando a da Graciosa à condição de via turística.

A ferrovia, inaugurada em 1885, historicamente mais significativa pelo papel que teve no desenvolvimento econômico do estado, do final do século XIX até a metade do século XX, é até hoje obra de engenharia notável pelo desafio que significou a transposição da serra.

Desde o século passado a preservação da flora e da fauna dessa região foi assunto abordado pela imprensa e discutido por setores da administração pública do estado.

Uma primeira tentativa governamental foi feita em 1978, com a criação do Parque do Marumbi, com 70 mil hectares, que, porém não chegou a ser efetivada, caducando por decurso de tempo.

A área, tombada em 1986, de 386 mil hectares, compreende unidades ambientais diferenciadas pela conformação e pela característica da vegetação, distinguindo-se a serra propriamente dita, os vales intermediários, o planalto e a planície costeira.

Abrangendo 80% da cobertura vegetal do estado, reduzida hoje a 5% do que possuía no início da colonização, a mata da Serra do Mar foi muito explorada, principalmente a sua vertente ocidental.

Após a abertura da ferrovia, em função do desenvolvimento industrial, deu-se uma procura de madeiras abundantes na serra, como canela, pau-d ́arco e outros. Atualmente, apesar das derrubadas e da ausência de efetivas medidas de reflorestamento, ainda se encontram espécies como a canela, a caxeta, o guarapuruvu, a licurana, o angelim e outras.

A fauna também foi muito reduzida, tendo sido muitas espécies extintas, estando outras em extinção, como o papagaio chauá (amazonas brasiliense), que só é encontrado entre o Sul do estado de São Paulo e o litoral paranaense. A fauna ainda presente corresponde a animais de pequeno porte como mico, quati, esquilo, ouriço, preá, preguiça, tatu, e aves como papagaio, joão-de-barro, sabiá e pica-pau.

GALERIA DE IMAGENS

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    Mapa de localização da Serra do Mar
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    Serra do Mar - Livro Tombo I - Inscrição 17 - Página 17
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    Serra do Mar - Livro Tombo I - Inscrição 17 - Página 17
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