Estação Ferroviária de Joaquim Távora
Inscrição: 131-II
Processo: 01/97
Data da Inscrição: 10 de outubro de 2000
Localização:
Município de JOAQUIM TÁVORA
Centro
Proprietário: Particular - Rede Ferroviária Federal S.A.
HISTÓRICO
A estação, em madeira, foi edificada na segunda década do século XX e, após sofrer um incêndio, teve sua reconstrução em 2016. Como um dos marcos da colonização do município e da região do Norte Pioneiro ou Norte Velho, o Estado do Paraná efetivou o seu tombamento em 10 de outubro de 2000.
Aproximadamente no início do século passado, o território do atual município de Joaquim Távora era conhecido por Fazenda do Jaboticabal da Barra Grande, propriedade das famílias de João e Job Ayres Dias e Assis Teixeira. A fundação da Barra Grande ocorre por volta de 1915. Em 1917, Miguel Dias, Joaquim Fonseca, Jerônimo Vaz Vieira, Antônio Joaquim Vieira lá se estabeleceram e contribuíram no desenvolvimento dessa região.
A participação do capitão Miguel Dias foi essencial na fundação e povoamento de Joaquim Távora, sendo considerado na época o líder político do povoado. Dedicando-se exclusivamente a cultura do café, era proprietário de diversas glebas de terra. Ele comercializava sua produção agrícola como também a extrativa na medida em que derrubava a floresta abrindo espaço para a lavoura. Miguel Dias forneceu grande quantidade de madeira para as serrarias e para a própria estação ferroviária que estava em construção no início da década de 1920.
Em 1924 os trilhos da estrada de ferro do Ramal do Paranapanema alcançaram a localidade de Afonso Camargo, atual município de Joaquim Távora. De acordo com Romário Martins, em sua visita a região em 1924: “ Afonso Camargo, ha menos de um anno, era um simples pouso de sertanejos em pleno sertão bravio (...). O ramal à custo attingio aquelle ermo, a 183 Km e 800 m do seu início em Jaguariaíva e hoje Affonso Camargo é uma linda villeta com cerca de 200 predios (...). Se ha logar onde se justifiquem as serrarias que abatem as arvores preciosas (...) esse logar é Affonso Camargo (...) florestas irremediavelmente condenadas, visto que aterra magnifica que as mantem, agora a civilização precisa para as culturas systemáticas do Café e do Algodão (...). (WACHOWICZ. 1987: 110-111).