Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso - Paranaguá

Inscrição: 39-II

Processo: 40/72

Data da Inscrição: 11 de agosto de 1972

Localização:
Município de PARANAGUÁ
Praça da Matriz

Proprietário: Prefeitura Municipal de Paranaguá – cedida ao SENAC

HISTÓRICO

O sobrado de linhas simples, segundo o arquiteto e professor José La Pastina Filho, é a ampliação de casa térrea erguida no século XVIII e irmã gêmea da edificação ao lado (Casa Brasílio Itiberê). Na planta da antiga vila consta, aquela época, a referida edificação na quadra “sita entre o Largo da Matriz, a rua do Rosário (hoje Professor Cleto), a rua da Baixa ( atual João Regis) e a do Ouvidor (agora Faria Sobrinho)”.

Construído em alvenaria de pedra, possui, no térreo, na parte frontal, quatro portas almofadas, requadros em cantaria encimados por vergas arqueadas. No segundo piso repetem-se as portas, que se abrem sobre o balcão com guarda-corpo em ferro. Lateralmente, janelas em guilhotina, divididas em quadrículos, telhado em quatro águas, cunhais com base em cantaria, o restante em massa, beiral em cimalha.

Até o Palácio Visconde de Nacar - comendador Manoel Antônio Guimarães- , era considerado o melhor e mais nobre edifício urbano de Paranaguá. Em 1982 a arquiteta Jussara Valentini elaborou o projeto de restauração ainda não executado.

A casa onde nasceram e viveram os irmãos Celso e Brasílio Itiberê da Cunha – o primeiro se tornaria monsenhor e o segundo diplomata, e se imortalizaria por suas composições musicais. 

A construção do século XVIII destinava-se a fins comerciais (parte fronteira) e residenciais (fundos), uma vez que em sua fachada existiam, ainda, os primitivos requadros em cantaria de quatro portas que se abriam para o Largo da Matriz e das duas para a antiga Rua João Alfredo, para onde se abriam, igualmente quatro janelas. Estavam em ruínas e dela somente restavam paredes externas quando o departamento de Patrimônio Histórico e Artístico da Diretoria de Assuntos Culturais da SEEC e a Prefeitura Municipal de Paranaguá iniciaram as obras de restauração. A casa havia sido tombada pelo Patrimônio do Paraná e, posteriormente desapropriada pela Prefeitura Municipal de Paranaguá, que viu sua importância no contexto histórico sob a responsabilidade do arquiteto Cyro Corrêa de Oliveira Lyra, em 1973. 

Pelo decreto n° 693, de 18 de janeiro de 1973, foi dada a denominação de “Casa de Monsenhor Celso”, incorporando ao patrimônio municipal, e o Decreto n° 694 o destinou para a sede do Conselho Municipal de Cultura. Atualmente ali está instalado o SENAC.

Edificação de um só pavimento em alvenaria de pedra com cobertura em três águas. Na parte frontal quatro portas almofadadas enquadradas por requadros em cantaria, encimada por vergas encurvadas. Lateralmente (é um prédio de esquina) duas portas e quatro janelas, estas em sistemas de guilhotinas, divididas em quadrículos, requadros em cantaria, vergas arqueadas. Beiral em cimalha.

GALERIA DE IMAGENS

  • Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso - Paranaguá
    Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso - Paranaguá - Livro Tombo II - Inscrição 39 - Página 34
    Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso - Paranaguá
    Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso - Paranaguá
    Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso - Paranaguá
    Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso - Paranaguá - Livro Tombo II - Inscrição 39 - Página 34
    Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso - Paranaguá - Livro Tombo II - Inscrição 39 - Página 34
    Casa onde moraram Brasílio Itiberê e Monsenhor Celso - Paranaguá - Livro Tombo II - Inscrição 39 - Página 34