Casa Colonial de Piraquara

A edificação de 1923 foi construída em um local estratégico, nas cercanias da Estação Ferroviária de Piraquara, a qual atendeu  como comércio, como sede da Companhia Meireles-Souza e residência de um dos seus sócios, Albino José de Souza. O reconhecimento do casarão enquanto patrimônio cultural se deu com o tombamento, pelo Estado do Paraná, em 08 de abril de 2008.

https://cultura.mapas.pr.gov.br/#/patrimonios

 

 
Mais informações

Inscrição: 68-III

Processo: 69/79

Data da Inscrição: 13 de março de 1979

Localização:
Município de PIRAQUARA
Rua Manoel Alves Cordeiro, 312

Proprietário: Prefeitura Municipal de Piraquara

HISTÓRICO

Muitos anos do início do povoamento da região dos assim chamados Campos Gerais, bandeirantes e paulistas já haviam, por muitas vezes e em lugares diversos, penetrado e percorrido os sertões de Curitiba. Após as primeiras incursões à cata de ouro e precauções do gentio, começou a exploração do aluvião aurífero, sobretudo na imensa região do Açungüi, Jaguariaíva, e Tibagi e no planalto curitibano.

As lavras do Itaimbé (Açungüi) marcaram, efetivamente, o início da exploração do ouro no Brasil meridional e a história registra os nomes de Ébano Pereira, Agostinho de Figueiredo e D. Rodrigo de Castelo Branco como desses trabalhos. Na região do Açungüi também foram notáveis as minas de Nossa Senhora da Conceição, Cachoeira e Ribeirão, exploradas por mais de vinte anos por Salvador Jorge Velho e seu genro Antônio Pires Campos. Assinalava Romário Martins que “em São José do Pinhais há vestígios de grandes trabalhos de mineração”.

O povoamento dos campos de Curitiba tem sua origem nesses trabalhos de mineração do Arraial Grande, mais tarde chamado de São José dos Pinhais e ainda eram exploradas em 1741. Dessas terras do Arraial grande, fundadas por mineradores, se originou também o distrito de Piraquara. Em data ignorada, o minerado Capitão Manoel Picam de Carvalho, buscando ouro, fundou o pequeno arraial de mineração no lugar onde hoje se situa Piraquara. Em 1731, o sítio foi vendido ao Capitão Antônio Esteves Freire e sua sogra, Isabel de Sena. Nessa época além do sítio referido, já havia nas proximidades, outras fazendas que, em conjunto, formavam o atual território do município de Piraquara.

Apesar de antigo, o povoado de Piraquara permaneceu estacionado por muitos anos, como parte integrante do território de São José do Pinhais. Inicialmente como simples arraial de mineração, tornou-se, mais tarde, propriedade particular, vendida e revendida até chegar ao poder do Capitão Francisco da Silva Freire, o qual tudo indica não teria sido o último proprietário particular. Mas somente com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro de Paranaguá, ligando o planalto ao litoral, foi que a localidade saiu da estagnação em que se encontrava.

Consoante à Lei 839, de 9 de dezembro de 1885, foi criada a freguesia de Piraquara, sob a invocação do senhor Bom Jesus e pelo decreto nº 17, de 10 de janeiro de 1890, foi elevada à categoria de Vila, sob a denominação de Deodoro, homenagem ao Marechal Deodoro da Fonseca, então presidente da República. Em 1929, voltou a denominar-se Piraquara e em 31 de março de 1930, recebeu foros da cidade. Seu progresso, notadamente nos setores da agricultura e a pecuária foi devido a vinda de imigrantes europeus, principalmente os italianos, em 1875, fundadores da Colônia Santa Maria, hoje Nova Tirol.

Por volta dessa época no final do século XIX foi construída a Casa Colonial de Piraquara. Integrando o conjunto arquitetônico com unidades vizinhas, é uma casa de moradia urbana edificada no alinhamento, com dois pavimentos e sótão. Construídas em alvenaria de tijolos, possui coberturas em duas águas com telhas francesas, arrematadas por platibanda vazada na fachada principal. Abertura emolduradas por pequenos requadros de madeiras, janelas em sistemas de guilhotina, divididas em quadrículos.

 

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  • Casa Colonial de Piraquara
    Casa Colonial de Piraquara - Livro Tombo III - Inscrição 68
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